terça-feira, 16 de dezembro de 2008

2a. Avaliação

Pessoal

Para aqueles ficaram em 2a. avaliação, peço que entreguem até o dia 20 de janeiro, na secretaria do EDF-FEUSP, um trabalho de 5 a 10 páginas, realizando uma síntese das discussões do curso, tomando apenas o eixo sujeitos escolares, mas estendendo-se sobre a bibliografia referente a alunos e professores.
Um abraço
Diana

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Notas e freqüência

Pessoal,

As notas e freqüências estão disponíveis no Júpiter. Aqueles que quiserem conversar comigo, por favor enviem um email para dvidal@usp.br (inclusive a Juliana...). Não passei ainda as notas de Ana Cláudia, Janaina, Luís e Suzy porque não localizei os trabalhos finais. Avisem aos colegas para entrarem em contato.

Mais uma vez, obrigada pela participação no curso deste semestre e Boas Férias!

Um abraço
Diana

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Em defesa da educação nacional

Pessoal,

Vejam a resposta do FORPRED à entrevista da professora Eunice Durham que (pasmem) saiu publicada também no Jornal da SBPC. Foielaborada como subsídio para uma manifestação da ANPEd.

Achamos absolutamente necessário respondermos com indignação àmatéria veiculada no JC, da SBPC. Para contribuir com a resposta,consideramos que, inicialmente, deve ser ressaltado que a Profa EuniceDurham comete os mesmos erros que julga identificar em pedagogos,educadores de forma geral e pesquisadores de ciências humanas esociais: simplifica questões profundamente complexas, igualapolíticas altamente heterogêneas, utiliza argumentos ideológicos edesconsidera dados técnicos.

Justificamos essa afirmação com base em:

- ser falso considerar que os cursos de Pedagogia supervalorizam ateoria. A ampla maioria das investigações, expressas, por exemplo, emdissertações e teses na área de Educação demonstram o quanto sevaloriza a prática na escola e especialmente o trabalho em sala deaula. Igualmente, as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia têm a prática como eixo central desua formulação. Porém, na medida em que não se busca umacentralidade espontaneísta na prática, nem tampouco se vê a práticacomo descolada da teoria, há necessidade sim de conhecimentosantropológicos, filosóficos, sociológicos, históricos e econômicos para o entendimento dessa prática. Principalmente por se buscar aformação de um professor que seja capaz de continuar investindo emsua formação ao longo da vida e sendo, cada vez mais, melhorprofessor, por compreender a importância política de seu trabalho. Ao contrário do que defende a Profa Eunice, a vinculação política doprofessor com sua prática é uma contribuição decisiva para odesenvolvimento de um trabalho de qualidade. Se a relaçãodesenvolvida fosse exclusivamente relacionada com o mercado detrabalho, como a Profa Eunice apregoa, de forma pragmática eindividualista, certamente teríamos ainda menos professores nessepaís, já que os salários aviltantes afastariam ainda mais osprofissionais em direção a outras possibilidades no mercado.

- afirmar que o ensino no país é ruim porque os professores não sabemensinar é uma simplificação ? para não dizer má fé ? tãoprofunda quanto afirmar que a saúde no país é ruim porque osmédicos não sabem curar os doentes. Como a Profa Eunice Durhamcertamente sabe, mas parece querer mascarar por razões que podem serencontradas em sua trajetória político-acadêmica, o discursocrítico em Educação há muito já desconstruiu essa desconexãoentre educação e a problemática social. Essa conclusão teóricatanto é de seu conhecimento que ela afirma que o despreparo dosprofessores é apenas parte do problema. Por que a Profa Eunice se calaem relação à outra ou às outras partes do problema? Professoresdespreparados também não são conseqüência da falta de investimentoem políticas públicas de formação e de valorização do professor?De salários aviltantemente baixos que não garantem condiçõesmínimas de trabalho e de formação continuada? Não se trata de osprofessores se eximirem de culpa, mas apenas de dar atenção aoslevantamentos estatísticos realizados pelo próprio Ministério da Educação de que existem professores formados no país suficientespara as vagas necessárias, no entanto esses professores se dirigem aoutras atividades e não se fixam na escola, ou seja, abandonam ousequer ingressam na carreira de professor. Culpar os sindicatos pelaluta dos direitos dos professores ? dentre os quais o de suaformação - é uma forma, ideológica, de retirar o foco do problema aser enfrentado.

- Com um discurso vazio, ideológico e destituído de base teórica ouempírica que o sustente, a Profa Eunice também se dedica a criticarlevianamente a pesquisa em Ciências Humanas. Em que bases a ProfaEunice sustenta que a relação com o mercado de trabalho é que devepautar a pesquisa científica? Qual a base científica que pressupõeuma relação que por vezes torna pesquisadores apenas solucionadoresde problemas pontuais e os desvia de sua função social de produzirconhecimento e teoria? Não devemos trabalhar em prol da produção deconhecimento e de teoria, que possa de forma profunda e rigorosacontribuir para a sociedade como um todo?

- Os 84 Programas de Pós-Graduação em Educação filiados à ANPEd,manifestam seu total repúdio às declarações, de naturezamarcadamente ideológica, proferidas pela profa. Eunice Duran, cujodiscurso não encontra legitimação científica, na medida em que nega as principais contribuições teórica-metodológica dos pesquisadoresda área de educação e desqualifica o trabalho desenvolvido pelamaioria das Faculdades e Cerntros de Educação deste país nocumprimento de sua função social precípua: a de formar professorestécnica e politicamente qualificados para o enfrentamento dos gravesdesafios postos pela sociedade brasileira na direção de promoverdesenvolvimento e justiça social. O enfrentamento destas questõescobra, necessariamente, uma educação que propicie o exercício dacrítica, da criatividade e, acima de tudo, que seja orientada paraatender às necessidades da maioria da população alijada de direitosbásicos fundamentais. Uma educação que, na contra-mão do discursoda profa. Eunice, tem como norte de seus processos educativos, aautonomia e a emancipação humana.